quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Momentos Histórico de Avelar

Foi vila e sede de concelho entre 1514 e 1836. Era constituído apenas pela freguesia da sede e tinha, em 1801, 478 habitantes. Embora seja uma das mais pequenas freguesias, em área geográfica, a sua sede - a vila de Avelar - é um dos grandes aglomerados urbanos do concelho, com grandes tradições no que respeita à industrialização têxtil.
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Situada em suave declive ligeiramente inclinado para Oeste, e numa campina fértil, Avelar fez parte, até ao século XVII, da paróquia de Aguda. Contudo, devido à distância a que ficava a sede da paróquia, reivindicou-se perante Roma a autonomia que seria conseguida por despacho favorável de Inocêncio XI ao autorizar a paróquia separada, em 1680, com o orago do Espírito Santo.
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O Pelourinho de Avelar e a Capela de Nossa Senhora da Guia são dois bons exemplos do património arquitectónico local. A Igreja, que esteve na base de uma das romarias mais concorridas da região centro do país, chegando a juntar cerca de 40 mil visitantes, sofreu obras de melhoramento há poucos anos.
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Por decreto régio de 31 de Dezembro de 1836, Avelar perdeu o estatuto de vila e cabeça de concelho, para ser incorporada no concelho de Chão de Couce; em 24 de Outubro de 1855 este seria extinto, passando o Avelar para o concelho de Figueiró dos Vinhos; finalmente, em 1895, viria a ser desanexada deste, para passar a integrar o concelho de Ansião.
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Graças às muitas esmolas oferecidos à milagrosa imagem de Nossa Senhora da Guia, foi fundado nos finais do século XIX, o Hospital de Nossa Senhora da Guia, que ainda hoje está em plena actividade, sendo um dos mais conceituados estabelecimentos de saúde do Interior Norte do Distrito de Leiria. É gerido por uma Fundação com esse nome.
          
Uma das mais-valias do progresso de Avelar, foi a indústria têxtil. Tudo começou na povoação de Lomba da Casa, do concelho de Figueiró dos Vinhos, donde era natural a família Moreira, cujos descendentes, fixaram residência em Avelar, por casamento e aqui foram fundando sucessivas empresas industriais. Aqui se fabricou estamenha (paninho), xailes, cobertores, mantas e meias.
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Na década de 1960 as empresas modernizam-se, chamando técnicos especializados, da Covilhã, que com as respectivas famílias aqui se foram fixando. Para aqui vieram algumas pessoas das vizinhanças à procura de trabalho.
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A indústria têxtil e o comércio foram as actividades que permitiram grande desenvolvimento, levando a que a freguesia fosse reelevada à categoria de vila.

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